quarta-feira, 1 de setembro de 2010

COLUNA DILEMA DE JOVEM: Eros e o Erotismo (O ser sexual!)


Por um lado temos o conceito de sexualidade em um sentido amplo, abarcando as características físicas e psíquicas resultantes da preponderância no organismo do indivíduo de hormônios masculinos e femininos. Neste sentido amplo, considera-se o ser humano como um ser eminentemente sexual, e sexual toda interação social. A sexualidade aqui tem uma dimensão neutra, como condição básica do ser. Diferencia-se, portanto, sexualidade de sensualidade, que é um sinônimo de lascívia, volúpia, lubricidade, sexocentrismo e amoralismo. O ser sexual é uma condição humana; o ser sensual é uma condição de pecado.

Libido é definida como “nome dado em Psicanálise a energia através da qual o instinto sexual se expressa, instinto sexual, energia psíquica que tende a perpetuação da vida”. Nós possuímos libido. Todos é portadores dessa energia, que pode ser usada, reprimida ou sublimada. O conceito negativo correspondente é o de libidinagem, como uso desenfreado e amoral da libido. Como se vê, há conceitos positivos e negativos. Há o dado natural, neutro, e há o seu mau uso e excesso. Não se devem confundir alhos com bugalhos, e combater o dado natural por confundi-lo com seu mau uso. Em assim sendo, não cabe ao cristão ter uma visão depreciativa dos aspectos somáticos de sua personalidade.

No Novo Testamento usa o termo Ágape, significando a entrega de si mesmo ao outro, independentemente da qualidade do outro. É a expressão usada para explicar o amor de Deus pelos homens, na entrega do Filho, e o amor que quer derramar entre os homens, pela ação do Espírito no coração dos convertidos. O platonismo no meio evangélico tem procurado separar Eros de Ágape, depreciando o primeiro e exaltando o segundo. Não é esse o ensino da literatura bíblica (Cânticos, Provérbios e Eclesiastes), onde não há lugar para os excessos e perversões, assim como para certo tipo de ascetismo. Nós, como cristãos bíblicos não podemos separar Eros de Ágape, nem podemos opor Ágape a Eros. Ambos se completam e constituem os dois elementos básicos, indissolúveis, do amor entre um homem e uma mulher.

Não somos sensuais, libidinosos e seguidores da onda de erotismo, mas pela graça de Deus e por sua vontade, somos portadores de uma sexualidade, de uma libido e de um Eros que integram nossa dimensão de humanos, se fazem presente no nosso relacionamento, no nosso sentimento, no nosso amor.

Um comentário:

  1. Gostei muito da matéria pois ela vem pra tirar algumas dúvidas sobre o assunto "sexualidade" que é tão pouco comentada também por nós jovens, deixamos de lado e erramos ou acertamos "sem querer", e por falta de conhecimento e estudo. Eu acredito que esse blog vai crescer muito ainda pois as postagens são sempre muito inteligentes e abordam assuntos tão pouco comentados.

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