
Quando, no dia 17 de fevereiro, nosso fundador Reverendo Wurmbrand, partiu para a glória para se encontrar com sua querida esposa Sabina, eu me encontrava na China, trocando idéias com um líder cristão chinês sobre a escola bíblica subterrânea que patrocinamos. Falamos, a certa altura, sobre a palavra “crise”. O irmão chinês desenhou os dois caracteres chineses que representaram o termo crise: “perigo” e “oportunidade”. Geralmente as pessoas vêem uma crise como a ser evitado. Vemos ou experimentamos o perigo, sem sequer imaginar, ou mesmo desejar, que possa envolver uma oportunidade.
Richard Wurmbrand foi um homem que sempre conseguia encontrar uma porta, a porta para a alma do homem. Envolvia-se ou não uma crise, não era isto o que o preocupava. Ele ministrou a nazistas, comunistas, aos seus carcereiros e torturadores, os ateus, soldados, estudantes furiosos do ocidente e a muitos como nós que ouvimos seus sermões e conhecemos sua família.
Em certa ocasião, um grupo de cristãos dirigia-se com Richard para um encontro em uma localidade distante. A certa altura pararam para comer, mas resolveram não entrar no estabelecimento por ser um bar cheio de pessoas de aspecto desagradável entrando e saindo. Richard entrou mesmo assim. O grupo resolveu ficar no carro esperando que ele voltasse desapontado com a comida, mas ele não voltou. Finalmente, saíram do carro e foram atrás dele. Encontraram-no cercado de clientes e garçons, falando com carinho e bom humor sobre a condição espiritual do ser humano. Os ouvintes estavam paralisados, encontrando a graça de Deus usando um sorriso. O pastor Wurmbrand estava plantando sementes. Ele conhecia a tristeza da alma humana sem Deus e seu desejo inconsciente de aprofundar raízes em alguma coisa.
Para Richard, aquele bar não diferia em nada das enormes catedrais e das milhares de igrejas onde tinha pregado. Não era diferente das celas solitárias da Romênia onde tinha pregado para anjos. Para ele, não havia problemas em abençoar os que o amaldiçoavam, cumprindo, assim, o mandamento de Cristo. Talvez as pessoas que nos amaldiçoam são mais carentes de palavras de bênção do que as que não nos amaldiçoam.
Quando Martinho Lutero, foi chamado pelo Papa para voltar atrás em suas teses, se desculpar e se curvar diante daqueles homens. Ele foi em cima de um carro de boi e quando chegou diante daquela fortaleza... criou o Hino:
ResponderExcluir"Castelo forte é nosso Deus"
Todos antes dele que contrariaram a ordem do Papa morreram, mas ele saiu de lá sem um arranhão e não se curvou diante dos homens.
manteve firme aquilo que Deus colocou em seu coração.
Que possamos estar firmes no Senhor, atendendo ao nosso chamado... com coragem e interpridez.
Pois como diz em Efésios somos embaixadores para falar o que Cristo colocar em nossa boca... para quem for e onde for.
Deus vos abençoe.