quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um Cristão para as Crises (ÚLTIMO CAPÍTULO)


Quando, no dia 17 de fevereiro, nosso fundador Reverendo Wurmbrand, partiu para a glória para se encontrar com sua querida esposa Sabina, eu me encontrava na China, trocando idéias com um líder cristão chinês sobre a escola bíblica subterrânea que patrocinamos. Falamos, a certa altura, sobre a palavra “crise”. O irmão chinês desenhou os dois caracteres chineses que representaram o termo crise: “perigo” e “oportunidade”. Geralmente as pessoas vêem uma crise como a ser evitado. Vemos ou experimentamos o perigo, sem sequer imaginar, ou mesmo desejar, que possa envolver uma oportunidade.

Richard Wurmbrand foi um homem que sempre conseguia encontrar uma porta, a porta para a alma do homem. Envolvia-se ou não uma crise, não era isto o que o preocupava. Ele ministrou a nazistas, comunistas, aos seus carcereiros e torturadores, os ateus, soldados, estudantes furiosos do ocidente e a muitos como nós que ouvimos seus sermões e conhecemos sua família.
Em certa ocasião, um grupo de cristãos dirigia-se com Richard para um encontro em uma localidade distante. A certa altura pararam para comer, mas resolveram não entrar no estabelecimento por ser um bar cheio de pessoas de aspecto desagradável entrando e saindo. Richard entrou mesmo assim. O grupo resolveu ficar no carro esperando que ele voltasse desapontado com a comida, mas ele não voltou. Finalmente, saíram do carro e foram atrás dele. Encontraram-no cercado de clientes e garçons, falando com carinho e bom humor sobre a condição espiritual do ser humano. Os ouvintes estavam paralisados, encontrando a graça de Deus usando um sorriso. O pastor Wurmbrand estava plantando sementes. Ele conhecia a tristeza da alma humana sem Deus e seu desejo inconsciente de aprofundar raízes em alguma coisa.
Para Richard, aquele bar não diferia em nada das enormes catedrais e das milhares de igrejas onde tinha pregado. Não era diferente das celas solitárias da Romênia onde tinha pregado para anjos. Para ele, não havia problemas em abençoar os que o amaldiçoavam, cumprindo, assim, o mandamento de Cristo. Talvez as pessoas que nos amaldiçoam são mais carentes de palavras de bênção do que as que não nos amaldiçoam.

Um comentário:

  1. Quando Martinho Lutero, foi chamado pelo Papa para voltar atrás em suas teses, se desculpar e se curvar diante daqueles homens. Ele foi em cima de um carro de boi e quando chegou diante daquela fortaleza... criou o Hino:
    "Castelo forte é nosso Deus"
    Todos antes dele que contrariaram a ordem do Papa morreram, mas ele saiu de lá sem um arranhão e não se curvou diante dos homens.
    manteve firme aquilo que Deus colocou em seu coração.

    Que possamos estar firmes no Senhor, atendendo ao nosso chamado... com coragem e interpridez.
    Pois como diz em Efésios somos embaixadores para falar o que Cristo colocar em nossa boca... para quem for e onde for.

    Deus vos abençoe.

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